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Foto do escritorNatasha Lorensen

Resenha do Livro: Necromancia

Atualizado: 16 de jan.

MATOS, Carlos Augusto. Necromancia. Independente. 2022, 118p.


Um dia você sai do seu lar, do conforto da sua casa, do local onde se sente seguro e protegido, para fazer algo normal, como uma compra ou uma venda e, sem esperar, uma viagem inesperada e uma descoberta assustadora surpreendem você no caminho. Alguma vez, no meio de um dia em que você tinha tudo programado, a vida pegou você de surpresa e tirou tudo do lugar?


Calma! Não vou fazer um textão de autoajuda. Estou apresentando o conto introdutório do mundo de fantasia criado pelo autor Carlos Augusto Matos, em Necromancia, um livro de 118 páginas, de fantasia épica inspirada em jogos de RPG.



A trama tem como personagem principal o elfo Talfin Suril e seu amigo, o gato Nikko, que vivem no mundo fantástico de Thaurya. E, como no início deste texto, estão vivendo um dia normal, indo até a cidade de Karsfeld, com Rilli, a montaria e companheira dos dois, para vender sua ração e comprar mantimentos. Talfin reside na floresta de Daran, está em contato direto com a natureza e ama os animais. Tem uma relação profunda com a natureza, a fauna e a flora, vive de forma simples e contemplativa.


Em seu caminho até a cidade de Karsfeld, conhecemos algumas paisagens do mundo fantástico criado pelo escritor Carlos Eduardo Matos. Florestas, riachos, árvores milenares, dias de chuvas torrenciais, estradas e, claro, ataques de bandidos pelo trajeto. Percebemos também a amizade entre o elfo e seu gato, um pouco sobre a personalidade de Talfin e os divertidos comentários de Nikko.


Ao chegar à cidade de Karsfeld, Talfin é surpreendido por um toque de recolher após o anoitecer, devido a um acontecimento que se abateu sobre o local. E na cidade, o elfo encontrará seu amigo, também elfo, Sayduf Eirir, acompanhado pela aventureira Freya.


A noite em Karsfeld traz eventos agitados e marcantes para o trio, que embarca, sem querer e esperar, em uma batalha feroz contra um inimigo inesperado. A descrição da batalha é feita de forma a lembrar a narrativa de um mestre e de seus jogadores em um campo de RPG, passando a imagem dos dados rolando, dos jogadores se esforçando para utilizar seus poderes, magias, forças, em uma tentativa a não sucumbir ao inimigo.



A história de Necromancia é contada por um narrador onisciente, que descreve todas as paisagens de forma a enaltecê-las. Os personagens, por se tratar de um conto introdutório ao mundo fantástico, que será explorado a partir de O filho do alvorecer, segundo título do autor, são apresentados em seus aspectos principais, em especial em relação ao que os move e a suas forças e experiências em um campo de batalhas.


Outro aspecto são as críticas sociais feitas na voz de Talfin durante o enredo. O elfo se importa com a preservação da natureza e forma como os seres – humanos ou não – maltratam os animais, fala sobre a importância de se viver em harmonia com a natureza, se coloca como defensor dos mais fracos, critica a desigualdade social entre ricos e pobres. Todos esses temas servem de pano de fundo para o desenrolar da história e das decisões do personagem principal.


Recomendo a leitura de Necromancia, principalmente, para quem gosta de fantasia, quem ama jogar RPG, e quem seguirá na leitura dos demais livros da série.



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